terça-feira, 5 de outubro de 2010

Saboreando Espíritos


Espírito, segundo Aurélio Buarque de Hollanda, é a denominação dada ao líquido obtido na destilação, o álcool, devido a sua volatilidade. No universo etílico é sinônimo de bebida destilada, termo usado correntemente no exterior, e antigamente nos muitos interiores daqui.
Para nós, Saboreando Espíritos, é um espaço para dividir as origens e curiosidades de diversas bebidas, destiladas ou não, que marcaram a História.




Absinto: A Magia Esmeralda

Cenário: a Paris do final do século XIX até a Primeira Grande Guerra. Luzes, poesia, o Moulin-Rouge e uma importante personagem: a Fada Verde.
Nome romântico para uma bebida que se tornou lenda, banida dos locais onde antes era adorada e se tornou ícone de uma época, o absinto se tornou famoso na Paris da Belle-Époque por ter fãs conhecidos como Tolouse-Lautrec, Van Gogh, Picasso, Ernest Hemingway, Baudelaire e Edgar Allan Poe.
A feérica erva absinto ou Artemísia absinthium, é originária da Ásia e da Europa e seu nome vem da deusa grega da caça, Ártemis. Alcança de 01 a 1,20 m. de altura, com folhas recortadas de cor verde cinzenta e flores amarelas em pequenos cachos. Nossas avós a conheciam como losna e sempre apareciam com aquele verde, fumegante e amargo chá para a dor de estômago de nossos familiares. Como sempre a sabedoria popular tem sua razão de ser: egípcios e gregos conheciam suas qualidades medicinais no trato digestivo, estomacal e como estimulante do apetite.

No mais antigo dos tratados médicos conhecidos, entre 1500 e 1700 A.C, o papiro Ebbers possuía um elixir a base de artemísia indicado para várias doenças incluindo asma e cólicas menstruais. Em 1792 o médico Pierre Ordinaire, enquanto residia na Suíça, uniu a artemísia em um composto de ervas de efeito vermífugo e estimulante e mais tarde adicionou o álcool para potencializar seus efeitos. Mais um caso de "santo remédio" quando, em 1797, Henry Louis Pernod o produziu comercialmente pela primeira vez.
Dizia-se que o absinto estimulava a criatividade, expandia as idéias e também era um afrodisíaco. O verdadeiro pó de pirlimpimpim desta fada é uma substância chamada tuiona (conhecida também como tuinona, thujone ou tujona) responsável pelas características medicinais da artemísia e pelos lendários efeitos do absinto. Esse componente químico se une a determinados receptores do cérebro, bloqueando-os em sua função normal, e mantendo-o em um estado de permanente excitação, podendo causar diversos efeitos colaterais como convulsões, espasmos e alucinações.

Porém tais efeitos nocivos só ocorrem com ingestão de altos níveis de tuiona, como no caso de absintos do século XIX com concentração de até 260mg/l. Atualmente esse nível atinge o máximo de 10mg/l, sendo regulamentada pela legislação de diversos países depois de quase um século de proibição. A tuiona é uma substância mais comum do que se pensa, sendo encontrada também na sálvia e no estragão, especiarias conhecidas, e na tuia, uma espécie de arbusto. Não há registros que comprovem a intoxicação por tuiona a partir do consumo de absinto, embora situações de loucura e violência tenham sido atribuídas à bebida ocasionando sua proibição ao final da Primeira Guerra. O consumo do óleo essencial de artemísia e extratos de tuiona são totalmente desaconselháveis devido a sua alta toxicidade.

O absinto é um destilado produzido a partir de nove ervas básicas - a Artemísia absinthium e a Artemísia pontica, anis, funcho, hissopo, coentro, anis-estrelado, angélica e melissa - e outras ervas aromáticas e tem gradação mínima de 50º para ser considerado absinto. Possui cor verde-esmeralda natural devido à clorofila da Artemísia pontica, gosto amargo e aroma anisado. Quando envelhecido, adquire uma cor castanho-clara. Ao se misturar o absinto com água ou gelo ocorre o louche-effect, uma típica turvação da bebida devido aos óleos essenciais e a clorofila presentes.

Bebida de charme e etiqueta únicos, usufruir da mágica da Fada Verde, requer conhecimentos básicos e alguns poucos acessórios.

Dê preferência às taças com pequeno bojo no fundo para se ter a medida da dose de absinto servida e utilize as colheres planas especiais, com apoio e perfuradas, para se colocar o açúcar e misturar a bebida. Na próxima matéria você encontrará os métodos para servir o absinto e receitas de drinks especiais.

Para se adequar a legislação brasileira, o absinto comercializado em nosso país tem gradação máxima de 54º, este vindo principalmente de Portugal, um dos produtores internacionais da bebida ao lado também da República Tcheca, famosa por seus destilados de alta gradação e com um ritual para servir característico, e da Espanha.
Mítico e charmoso, o absinto sobreviveu à proibição, perseguições e acusações ferinas e retorna ao nosso convívio como uma bebida para aqueles que procuram um sabor de romance antigo, de uma época de festas, alegria e intensidade.


Para saber mais:

Fontes: http://www.wikipedia.org/; http://www.absinthesupply.com/; "Tuiona - A Reabilitação Toxicológica" e "Absinto - O encanto das Fadas Verdes", trabalhos de mestrado sob orientação do Prof. Doutor Fernando Remião do Laboratório de Toxicologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto; http://www.jardimdeflores.com.br/; Revista Isto É; http://www.portaldoscoqueteis.com.br/
Imagens: Wikipédia


Paulo Renault

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Um mês de eventos gratuitos em Sampa !



Hoje, a partir das 19h30 começa o Festival Outubro Independente! A abertura será em frente à Galeria Olido, bem no centro de São Paulo, que será totalmente invadido por intervenções, música e cinema dos melhores da cena independente e – maravilha – absolutamente gratuitos!
Para iniciar, teremos a exibição do documentário “Pixo” de João Wainer e Roberto Oliveira sobre pichação e na seqüência começa uma mega festa realizada em parceria com o projeto VoodooHop, que tomará conta do centrão! Nela, teremos a banda Kissogram e o DJ Shir Khan, ambos alemães, multimídias com celulares (Sms Pixação + Sound Visualization) e intervenções sonoras com Barulho.org . A idéia é que a festa só termine por volta das 5h do sábado. Se preparem !
Serão 31 dias de festival com atrações imperdíveis, vale bisbilhotar toda a programação para não perder nadinha! Os ingressos (gratuitos) devem ser retirados nos locais sempre com uma hora de antecedência.

Nos encontramos por aí!!!

Para saber toda a programação, acesse:




terça-feira, 24 de agosto de 2010

Bebidas : Rota da Cachaça !





Branquinha, marvada, danada, bagaceira, quebra-munheca, aquela-que-matou-o-guarda, dengosa, pinga ou simplesmente cachaça, até pouco tempo não possuía uma boa fama e nem freqüentava lugares elegantes. Tempos passados, pois seu status vem crescendo a olhos vistos!!  Mas atenção: não confunda com a bebida industrializada, daquelas que se compra por 2 ou 3 reais a garrafa!!!  Estamos falando da cachaça produzida artesanalmente, em alambique de cobre utilizando receitas com séculos de tradição.
Hoje ela é apreciada em confrarias, tem admiradores mundo afora e já conta até com legislação específica!!!  Aqui no Brasil temos mais de 5.000 marcas legalizadas com uma produção que chega a 1,4 bilhão de litros ao ano.
Claro que definir qual é a melhor cachaça, cujo bouquet e aroma valem os até 500 reais a garrafa ( sim...você leu certo...) não é  tarefa muito fácil, mas sou obrigada a concordar que é bastante prazerosa!!!
Aos cachaçólogos de plantão, cabe lembrar que todo ano temos a “ Brasil Cachaça – Feira Internacional da Cachaça, que teve em abril deste ano a sua 5ª. Edição. Lá pode-se participar de degustações conduzidas por especialista, como Cesar Adames, Fernanda Ayoub, Arthur Avedissian, Samuel Bensemann, além do cachacier ( adorei este título!!!) Maurício Maia.

Algumas dicas de “cachaçólogos”  famosos para degustá-la :

1-     Atenção para o rótulo,  observe a origem.
2-     O aroma não pode ser de álcool, tem que ser de cana, de rapadura, portanto: narizes a postos !!
3-     A dose servida é sempre pequena, mais ou menos um dedo. Beba devagar! Deixe o liquido repousar no céu da boca e molhar a língua lentamente... Claro que, por ser aguardente, você sentirá uma leve queimação, mas não pode queimar a garganta ao ser ingerida., ela deve descer macia!
4-     Agora, o mais importante : Se você bebeu, digamos assim,  socialmente e ficou de ressaca, anote o nome da pinga e fuja dela!! Uma cachaça de boa qualidade jamais provoca mal estar!


Bom, chega de falação e vamos às dicas da “ rota da cachaça” aqui em Sampa:

- Cachaçaria Água Doce
Com dois endereços em São Paulo e quase 90 lojas em todo o pais, possui mais de 190 marcas artesanais aprovadas num rigoroso processo de seleção.
Av. Macuco, 655 – Moema. Fone: 5056-1615    e   R. Aspicuelta, 444 – V. Madalena – Fone: 3895-7760.

- Cachaçaria Paulista
Aberta há mais de 15 anos e com mais de 300 rótulos disponíveis. Lá é possível degustar uma boa cachaça ao som de MPB ao vivo.
R. Mourato Coelho, 593 – Vila Madalena. Fone: 3815-4756
  
- Mocotó
Como o nome diz, lá você encontra o melhor caldo de mocotó da cidade, além de uma seleção com mais de 340 marcas de cachaça. Eles mantém a receita desde 1973 e posso dizer que é muito bão !!!
Av. Nossa Senhora do Loreto, 1100 – V. Medeiros. Fone: 6951-3056

- Cachaçaria Pompéia
Esta cachaçaria composta por um restaurante com um forno à lenha  e um boteco, fica localizada em uma fazenda com mais de 11 mil m2.   Se prepare, pois lá é possível encontrar mais de 1.400 rótulos de cachaça !!!
Av. Nicolas Bôer, 120 – Pompéia. Fone: 3611-1114


Quer comprar e degustá-la calmamente em casa ?  Alguns endereços interessantes :

- Espaço BR
A casa trabalhava com a distribuição de pedras brasileiras para colecionadores, mas há alguns anos passou a se dedicar também a cachaça, com mais de 400 rótulos. Entre eles algumas raridades.
R. Alice Macuco Alves, 81 – Pinheiros. Fone: 3021-6175

- Paraíso da Cachaça
Funciona como um bar, onde pode-se saborear algumas doses entre um tira gosto e outro. Possui mais de  200 rótulos, entre eles o Maria da Cruz, produzido na fazenda do Vice Presidente José de Alencar.
Av. Direitos Humanos, 2067 – Mandaqui. Fone: 6233-0973

- Club da Cana
É uma distribuidora, mas pode-se  sentar no bar e saborear uma dose, entre as mais de 600 marcas disponíveis. Também há drinques internacionais feitos com cachaça, como o Bloody Mary.  Destaque para a coleção que conta com centenas de miniaturas.  
R.Barão de Tatuí, 272 – Santa Cecília – Fone: 3663-1171



domingo, 22 de agosto de 2010

Dicas da Dna Guiomar: Farofa Colonial




Estava bastante difícil decidirmos qual seria a próxima receita, visto que todas são maravilhosas, porém a santa e sábia Dna Guiomar resolveu a pendenga:
- Muito simples, meus filhos, coloquem aquela farofa que sempre fez tanto sucesso, desde o tempo da minha bisavó!!

E, eis que estava decidido: a Farofa Colonial. Facílima de fazer e que pode ser servida com um belo cação ao molho de tomates ou um simples arroz branco e lingüiça fritinha!!

Ingredientes

01 cebola picada
08 colheres (sopa) de manteiga
04 xícaras (chá) de farinha de milho amarela
01 xícara (chá) de salsinha picada
01 xícara (chá) de cebolinha picada
02 dentes (grandes) de alho picadinhos
Sal a gosto

Preparo

Em uma panela refogue a cebola na manteiga até dourar. Junte a farinha de milho e cozinhe, mexendo sempre até obter uma farofa úmida, porém soltinha. Junte a cebolinha e a salsinha, tempere com o sal.


Foto: Paulo Renault

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Acontecendo : 56 anos do Parque Ibirapuera

Neste fim de semana, 21 e 22 de agosto, uma das mais deliciosas e acolhedoras áreas verdes de São Paulo assopra velhinhas!  São 56 anos que podemos nos esbaldar em uma área de 1.584 km², com três lagos artificiais e interligados que ocupam 15,7 mil m². Um espaço abençoado nesta cidade maluca em que vivemos!

A origem deste parque é interessante. Nos idos da década de 20 um funcionário da prefeitura, conhecido como Manequinho Lopes – sim, ele mesmo, existe hoje um viveiro no parque, batizado com o seu nome – resolveu plantar centenas de eucaliptos australianos com o intuito de drenar o terreno, pois este era extremamente alagadiço. Com tantas e belas arvores, surgiu a idéia de transformar a região em um parque. Já em 1954 com as comemorações do quarto centenário de São Paulo decidiu-se torna-lo um símbolo das comemorações e transforma-lo em um marco arquitetônico e paisagístico, contando para tanto com a participação de Oscar Niemeyer, entre outros.

Neste ano o tema é “Vida, Movimento e Convivência”, que resume a função acolhedora do parque para os freqüentadores e conta com uma programação bem extensa e com muitas possibilidades: Exposições, Música, atividades artísticas e muuuuuito mais!




Parque Ibirapuera
Avenida Pedro Álvares Cabral, s/ nº
Tel.: (11) 5579 0593

Nos encontramos por lá!


Helena Jorge


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mercado Municipal



Falar em ingredientes exóticos e especiarias e não pensar imediatamente no Mercado Municipal de São Paulo, nosso amado "Mercadão", é quase uma blasfêmia!!
Passear por seus corredores equivale a uma viagem pelos diversos sabores e aromas de lugares inimagináveis...

Separe uma boa parte de seu dia para uma visita realmente proveitosa e tranqüila, pois é impossível não se esquecer da vida lá fora assim que começamos a caminhar por seus corredores.

Caminhe lenta e calmamente. Observe cada box, cada pessoa que irá lhe atender - preste atenção em cada expressão, cada sorriso que irá surgir entre a enorme quantidade de queijos, azeites, temperos, etc - pois na grande maioria deles está marcada a história daquele lugar. Está aí uma coisa que gosto de fazer: puxar conversa, principalmente com os mais velhos, saber de histórias e casos engraçados. Amores e desamores...

Dê uma paradinha no box Mr. Josef e mergulhe de corpo e alma nos aromas de seus temperos e especiarias. Não deixe de passar também pelo box da Casa Gonsalez e se deliciar com a variedade de frutas exóticas e de sabores intensos.

Sei que serei óbvia, mas não perca a oportunidade de comer o famoso pastel de bacalhau no Hocca Bar, é um negócio de bom!! Agora, se a sua fome é daquelas de comer um boi, corra para o não menos famoso sanduíche de mortadela do Bar do Mané. Mas, vá preparado, pois ele é absolutamente gigantesco!!!

Mais uma dica: examine atentamente o conjunto arquitetônico e os belos vitrais, é um espetáculo à parte. E não deixe de observar a iluminação externa do prédio ao cair da tarde. As luzes vão se integrando de forma maravilhosa com o céu paulista, até que tome para si todos os olhares. É mágico!!!
Boa viagem !!!!

Mercado Municipal - R. da Cantareira, 306 - Fone: (011) 3228-0673. Fica aberto de segunda a sábado das 6h às 18h. Domingos das 6h às 16h.
Site:
www.mercadomunicipal.com.br

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mousse de limão com raspas de chocolate


Mais fácil e delicioso impossível.


Ingredientes

1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
½ xícara (chá) de suco de limão
Raspas de chocolate

Preparo

Bata no liquidificador os 3 primeiros ingredientes. Atenção, bata de 15 a 20 minutos, sem parar. Este é o segredo para que o mousse fique com a consistência aerada e levíssimo!
Arrume em taças e enfeite com as raspas de chocolate. Leve para gelar por no mínimo 2 horas.



Dica: Para aqueles que apreciam sabores intensos, incorpore raspas de limão.

Helena Jorge

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bebidas : Leis, caiporas e um santo remédio


Limão, açúcar, gelo e legítima cachaça. O cocktail brasileiro mais conhecido no mundo, a caipirinha é cercada de folclore, tanto em sua preparação quanto em suas origens. Por lei, caipirinha de verdade pode ser com limão fresco ou desidratado, mas usa somente cachaça e não simplesmente aguardente de cana. Não entendeu? Simples, segundo o Decreto Lei 4.062, artigo 91, aguardente de cana é o destilado simples da cana de açúcar ou do mosto. A cachaça é a aguardente de cana produzida exclusivamente no Brasil com graduação alcoólica e características próprias, assim como o brandy produzido em Cognac ou o espumante que vem de Champagne. Esse é o passaporte de nosso drink mais famoso.

Leis e definições técnicas á parte, o nome e criação da caipirinha permanecem ocultas em certa bruma etílica. Alguns dizem que era costume tomar a garapa misturada com frutas, principalmente o limão, devido ao sabor acentuado e potencialmente cítrico. Mais tarde o costume teria se estendido ao destilado alcoólico feito da cana. Outra versão nos lembra velhos hábitos de interior, receitas para cura de resfriados á base de cachaça, limão, alho e mel. Substituir mel por açúcar e eliminar o alho foi apenas questão de tempo, assim como posteriormente a introdução do gelo. Mas como essa mistura singular ganhou o nome de caipirinha? Tudo que sabemos é que a palavra "caipira", que designa as pessoas que residem no interior, se origina do termo tupi "caipora" com o significado de habitante do mato. Exagerar no "remédio" e em suas prováveis variações genéricas não-registradas decerto aguçaria os "sentidos" e permitia a visão de caiporas e curupirinhas pelas matas afora.

Sendo preparada de diversas formas pelo país, com adição de mel ou licor em alguns locais, em 1997 a caipirinha sobe ao panteão dos principais drinks mundiais ao ser incluída entre os Cocktails Oficiais da I.B.A, International Bartender's Association, e ser assim conhecida em mais de 50 países e constar nos cardápios dos mais famosos bares e restaurantes do mundo.



Agora você tem a receita internacional mais brasileira que existe e pode preparar sua caipirinha como os grandes bartenders mundiais:

Ingredientes:

5.0 cl Cachaça
1/2 Limão cortado em 4 fatias
2 colheres de açúcar

Este é um cocktail montado, ou seja, os ingredientes são colocados diretamente no copo. Em um Old Fashioned, aquele copo que o fundo é menor que a boca, coloque as fatias do limão sem o miolo, para não amargar, o açúcar e macere. Acrescente o gelo, cachaça e mexa bem. Use uma fatia de limão para decorar.

Paulo Renault

Causos de Dna. Guiomar


Para inaugurar os "Causos", escolhemos a famosa história do carneiro gigante, acontecida em Itapeva, cidadezinha perdida no interior de São Paulo quase divisa com o Paraná. Aqui, estamos falando de fatos ocorridos entre as décadas de 1930 e 1940 quando Dna Guiomar era ainda uma caipirinha muito da sapeca!

A incrível peleja do carneiro gigante de Dona Gertrudes contra a petizada do grupo escolar



Como era de se esperar de uma cidadezinha do início do século como Itapeva, o "Grupo Escolar Acácio Piedade" era a única escola existente, por isso nela estudavam todas as crianças da região nesses idos de 1938.

Vale lembrar que se o progresso já era um tanto quanto escasso na capital, pode-se imaginar como era o interior naquele tempo. As casas eram verdadeiras chácaras e a criançada crescia livre, subindo em árvores, empinando pipas, brincando com toda a toda a sorte de animais. Rádio? Alguns poucos mais abastados o possuíam... Geladeira? Raríssimas e movidas a querosene! Os fogões eram à lenha e as lingüiças, produzidas com a carne de suínos muitas vezes colegas das brincadeiras infantis, eram penduradas acima do fogão para serem defumadas. Televisão? Nem pensar que um dia poderia existir tal coisa! Assaltantes? Imagina! Um ou outro ladrão de galinhas. Tanto que a cadeia ficava com as portas das celas praticamente abertas a maior parte do tempo.

Pois bem, lá estudava a menina Teresinha, neta de Dna Gertrudes que além de parteira da cidade era também proprietária do tal carneiro. Para ilustrar a figura do bicho, basta imaginar um carneiro de chifres enormes, grande e gordo, com os pelos sujos e cheios de carrapichos. Era de assustar!

Quase todas as tardes no horário de saída do grupo escolar, vinha o bichão caminhando deste o "Mata Fome", bairro meio afastado em que morava a parteira, até a porta do grupo para buscar a neta. Sim, o carneiro ia buscar a menina, afinal estamos em 1938 e os animais realmente andavam livremente pela cidade.

E essa era a hora mais esperada pela garotada! Primeiro, pela ansiedade da espera no ar: Estará o carneirão à nossa espreita?? Sim, pois ao saírem correndo e gritando pelo portão do grupo, o terrível e assustador carneiro gigante ficava enlouquecido e saia em desembestada carreira atrás dos mais afoitos, logicamente entre eles a menina Guiomar.
Era uma debandada geral! Após algumas perseguições mal sucedidas e outras terminadas em "cabeçadas", voltava o gigantesco animal, ar de serviço cumprido, parava ao lado da menina Teresinha como a dizer: Pronto, agora podemos ir! E lá iam os dois para casa. Ela, com o ar resignado de quem teve que ficar olhando a diversão alheia e ele com um sorriso de vencedor em seus lábios caprinos.

No dia seguinte, a diversão da petizada era trocar relatos das terríveis histórias de perseguição e contabilizar cortes e arranhões!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Programação Gratuita



Cinema


IV Jornada Brasileira de Cinema Silencioso
  
Tem início hoje e irá até dia o 15 a 4ª. Mostra Brasileira de Cinema Silencioso. O evento é dedicado aos filmes produzidos entre 1900 até mais ou menos os anos 30, momento em que os primeiros filmes com a utilização do som chegaram para abalar os rumos do cinema. Nesta edição o foco é o cinema da Suécia, mas teremos muitas alternativas de outros paises, inclusive Brasil.
E atenção para a programação, pois algumas sessões contarão com acompanhamento musical ao vivo e com grandes nomes do instrumental. 
Alguns filmes são imperdíveis, como “A Rua das Lágrimas”, de 1925 com a maravilhosa Greta Garbo, “O Supersticioso”, de 1919 com direção de Victor Fleming  ou  “Lábios sem Beijos”  de 1930, com a direção de Humberto Mauro. É correr para não perder nadinha!

Para saber toda a programação, acesse :





De 06 a 15 de agosto
Entrada gratuita

Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207
próximo ao Metrô Vila Mariana
Outras informações:  3512-6111 (ramal 215)

Auditório Ibirapuera
Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº
Parque do Ibirapuera – portão 2
Informações:  3223-3966


Dança


Hermesdance

É a primeira vez que esta companhia suíça, criada em 2007, se apresenta em São Paulo. foi apresentado nos dias 3 e 4 últimos o espetáculo “Betwixt and Between”  e nos dias 6/7e 8 de agosto (sexta, sábado e domingo) será apresentado o espetáculo “Hic Salta!”. Entre momentos do mais profundo silêncio interrompidos por uma trilha sonora densa, entremeados por gravações de texto em alemão, os bailarinos dançam envoltos num cenário composto por flores. A música é executada ao vivo, por 3 músicos que tocam piano, percussão e violoncelo. Vale conferir!



Teatro Itália, Teatro de Dança
Avenida Ipiranga, 344
Tel.: 3129-8089(11)  2189-2555
Sexta às 21h, sábado às 20h e  domingo às 18h.
Grátis. Ingressos distribuídos uma hora antes.


She´s Lost Control 

A Cia. Vitrola Quântica se inspira na música She´s Lost Control, da banda Joy Division, para falar sobre o descontrole emocional. Para embalar a história de três garotas que vão a uma casa noturna que nunca fecha (caramba, me passa o endereço!) temos o mais puro rock alternativo, com bandas como The Kills, Sonic Youth e She Wants Revanche, entre outras. É conferir!

Galeria Olido
Avenida São João, 473
Tel.: 3397-0171 / 3331-8399
Sábado, dia 7/8 às 20h  e Domingo, dia 8/8 às 19h.
Grátis.




Exposições


Rebelião em Silêncio - Rebecca Horn

Esta é a primeira exposição individual no Brasil desta artista considerada o nome mais importante da arte contemporânea alemã ao lado dos pintores Anselm Kiefer e Gerhard Richter. São seis vídeos e dezoito instalações, mas de uma atenção especial para  “Concerto para Anarquia”, é espantosa a sensação de observar um piano suspenso de ponta-cabeça no teto!

Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112
Tel.: 3113-3651
De Terça a Domingo, das 10h às 20h.
Grátis. Estacionamento com serviço de van na Rua da Consolação, 228 (R$ 10,00 por cinco horas, de terça a domingo). De 03/08 a 03/10.


Entre Atos 1964/68

Esta exposição se encontra desde março no Mac-Usp e faz parte de uma série de três. A intenção é utilizar as obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo para mostrar a arte brasileira produzida durante os anos da ditadura militar. Serão cobertos três momentos distintos desse período: 1964-1968; 1969-1974 e 1975-1985.
No total serão 113 obras de 49 artistas. Preste atenção na obra  “Aliança para o Progresso” (1965) de Marcelo Nitsche  (abaixo), fala por si.



Museu de Arte Contemporânea (MAC)
Rua Da Reitoria, 160
Tel.: 3091-3039
De terça a sexta das 10h às 18h; sábado, domingo e feriados das 10h às 16h.
Grátis. Até  03/10.
Mais informações, cesse: www.mac.usp.br

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Arroz de Forno – Receitas de Dna. Guiomar


Ingredientes

4 xícaras (chá) de arroz branco cozido
1 peito de frango cozido e desfiado
1 embalagem de ervilhas congeladas
1 cenoura ralada no lado grosso
4 tomates maduros picados, sem pele nem sementes
1 cebola grande picada
4 dentes de alho picadinhos
1 xícara (chá) de salsinha picadinha
2 folhas de louro
Azeitonas picadas
Queijo ralado
Sal
Pimenta calabresa
Tomates secos
Azeite

Preparo

Refogue a cebola e o alho no azeite. Acrescente os tomates, o louro, o sal, a pimenta e vá mexendo até formar um molho grosso e consistente. Quando estiver pronto, ainda com o fogo ligado, acrescente o peito de frango desfiado, as ervilhas, a cenoura e as azeitonas. Refogue rapidamente, acerte os temperos se necessário e desligue o fogo.
Em um pirex, vá misturando aos poucos o arroz, o molho, a salsinha e um pouco do queijo ralado. Polvilhe com queijo ralado por cima e enfeite com tomates secos. Leve ao forno médio por alguns minutos e está pronto para servir!
Uma dica: Este prato pode ser feito com as famosas sobras da geladeira e aqui cabe a imaginação de cada um!

sábado, 10 de julho de 2010

Balaio de Gatos: Ah !! O Azeite !!!


O que seria de nossa culinária, sem ele? Como imaginar, por exemplo, uma belíssima bacalhoada sem o azeite para regá-la?? Ou uma saladinha básica, sem ser temperada com azeite levemente aromatizado de ervas? Simplesmente inviável! E pensar que ele foi utilizado inicialmente para proteger do frio os guerreiros da antiga Mesopotâmia, que untavam seus corpos com o azeite!!!
Na verdade, o cultivo de oliveiras para a extração do azeite vem da Síria Antiga, sendo explorado também pelos egípcios, armênios e na Grécia, onde a oliveira era de extrema importância.
Há alguns métodos modernos, mas os azeites prensados a frio ainda são feitos pelo método antigo e tradicional: as azeitonas são esmagadas entre duas prensas de pedra com movimentos opostos, até que o fruto fique reduzido a uma pasta.
A graduação do azeite é feita numa escala que determina seu nível de aci dez, por exemplo: O azeite extravirgem tem menos de 1% de acidez e é o mais puro, já o azeite virgem deve ter no máximo 2 % de acidez.

Algumas dicas:

- Se for comprar azeite extravirgem engarrafado, o melhor é escolher um de embalagem mais escura, pois a incidência de luz catalisa a oxidação do produto. Já os óleos de oliva, normalmente comercializados em lata, ficam expostos à oxidação dependendo do ponto de solda da lata.

- Vai armazenar? Não se esqueça que luz, calor e ar podem alterar o produto. O ideal é armazená-lo em locais frescos, com pouca ou nenhuma incidência de luz. Uma forma de evitar a ação da luz é embrulhar o azeite com pano ou guardanapo. Outro detalhe: os bicos dosadores usados para servir o produto também podem facilitar sua oxidação e, por isso, devem ser evitados.

- Atenção ao aroma, ele não deve indicar a presença de defeitos como ranço ou mofo. O gosto deve ser frutado e pode conter outros aromas como o de ervas, plantas ou pasta de azeitona. Pode, ainda, conter alguns traços importantes, como gosto amargo ou levemente picante, indicando a presença de polifenóis. Sabor metálico, avinagrado ou acidez perceptível são fatores negativos ao paladar e indicam azeite de baixa qualidade. Fique atento!

E agora, alguns lugares para comprar e degustar azeites maravilhosos. Dividimos em duas partes:

1 - Momento "Ilha de Caras": Vista seu melhor modelito Gucci ou Armani e pode ir!

Azaït Boutique-Bistrot
Funciona como restaurante e empório especializado em azeites. São mais de 70 rótulos de países como Líbano, Turquia, Grécia, Argentina, Espanha, Itália, França e Portugal. Um verdadeiro paraíso! Vá preparado, pois há uma mesa com 22 tipos de azeite para degustação, eles ficam dispostos com pães para que os clientes possam experimentar. Destaque para um mimo da casa: Se os clientes gostarem de algum azeite na degustação é possível pedir para o garçom levar à mesa e usá-lo também durante a refeição. Muito bom!!!
Endereço: Rua Peixoto Gomide, 1532 - Jardins. Tel: (011) 3063-5799

Casa Santa Luzia
Lá podemos encontrar as mais variadas marcas de azeite além de ser também um ponto de encontro dos principais gourmets e chefs de Sampa. Lugar delicioso, é possível montar todo um cardápio e ainda dispor do atendimento personalizado para escolher o melhor vinho para acompanhar!
Endereço: Alameda Lorena, 1471 - Jardins. Tel: (011) 3897-5000.
Mais em 
www.santaluzia.com.br

Empório Santa Maria
Além do maravilhoso setor de Azeites, você vai encontrar também os melhores acompanhamentos e bebidas, sempre assessorados pelo staff especializado e bastante simpático. Fique atento, pois costumam acontecer ótimos eventos gastronômicos por lá!
Endereço: Av. Cidade Jardim, 790 - Cidade Jardim. Tel: (011) 3816-4344.
Mais em 
www.emporiosantamaria.com.br

Olivier & Co.
Uma verdadeira butique de azeites, com uma seleção dos melhores da Provence. Há várias opções num total de 38 rótulos, alguns de outros países da Europa, mas também com importação exclusiva. Para completar a loja, há o restaurante La Table O & Co, com uma maravilhosa cozinha mediterrânea.
Endereços: R. Bela Cintra, 2023 - Jardins. Tel: (011) 3088-9008 e no Morumbi Shopping - Av. Roque Petroni Jr., 1089 - Morumbi. Tel: (011) 5181-3365. Mais em 
www.oliviers-co.com.br


2- Momento "Hoje estou Básico": A sessão de azeites das grandes redes de supermercados é uma ótima opção e normalmente possuem uma boa variedade de marcas.

Carrefour
Vários endereços pela cidade, inclusive no Shopping Eldorado. Bons azeites e preços interessantes. Para saber todos acesse www.carrefour.com.br

Extra
A sessão não é tão sortida, mas é possível encontrar azeites de boa qualidade. Para saber todos os endereços, acesse www.extra.com.br

Pão de Açúcar
Aqui você pode encontrar uma boa variedade e a relação de endereços é bem extensa. Vá com tempo e dê uma passada na parte de vinhos! Para saber todos, acesse www.paodeacucar.com.br

Mercado Municipal
Mas é claro que não podia esquecer o "menino dos meus olhos"!! Vá e divirta-se!
R. da Cantareira, 306 - Fone: (011) 3228-0673. Fica aberto de segunda a sábado das 6h às 18h. Domingos das 6h às 16h. 
www.mercadomunicipal.com.br

Risoto de Lingüiça


Ingredientes
2 xícaras (chá) de arroz arbóreo
1 litro de caldo de legumes ou carne
1 cebola média picadinha
1 lingüiça defumada Portuguesa ou Calabresa
½ xícara (chá) de salsinha picadinha
½ xícara (chá) de cebolinha picadinha
Azeite
1 colher (sopa) de Manteiga
Queijo ralado
½ xícara (chá) de Vinho branco ou tinto
(nesta receita eu prefiro o tinto)
Pimenta do reino moída na hora

Preparo
 Em uma panela prepare o caldo. Você pode utilizar o caldo pronto, por exemplo o Good Light da Maggi. Ele é mais suave que os outros e zero de gordura.
Pique a lingüiça em pedaços pequenos e frite em uma panela na sua própria gordura. Fogo médio para não queimar! Retire as lingüiças, tomando atenção para escorrer a gordura. Na mesma panela acrescente duas colheres de sopa de azeite e incorpore à gordura da lingüiça. Refogue a cebola. Quando ela estiver transparente, acrescente o arroz e deixe dar uma fritadinha. Coloque o vinho e mexa até que evapore.
Vá acrescentado aos poucos o caldo ( que deve ser mantido em ponto de fervura) suficiente para que cubra o risoto.

Continue mexendo lentamente o risoto até ficar ao dente ( mais ou menos 18 minutos). Coloque a pimenta do reino e o sal.

Quando estiver no ponto, desligue o fogo e acrescente 1 colher de sopa de manteiga, queijo ralado e mexa bem. Adicione a lingüiça, a salsinha e a cebolinha e mexa mais um pouco. Tampe a panela por cinco minutos e está pronto para servir.
Enfeite com folhinhas de salsinha.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Canapés de Tomate Seco com Mussarela de Búfala e Mini Rúcula no Pão Ciabatta





Nós usamos nesta receita os mini ciabattas para coquetel, que são encontrados em casas de pães ou grandes redes de supermercados. Também testamos em mini-pizzas e ficou uma delícia. Aqui, cabe a sua imaginação!! 

Ingredientes 
01 pacote de 400 gramas de mini ciabatta para coquetel
100 gramas de tomates secos
200 gramas de mussarela de búfala
01 pacote de mini rúcula
Molho de tomate ( aqui, usamos um molho beeem básico. Você pode usar até mesmo o molho pronto e acrescentar o seu tempero)

Preparo
Corte os pães ao meio, passe um pouco do molho e arrume em uma forma. Leve ao forno médio por uns 10 minutos. Cuidado para não queimar.
Enquanto isso corte os tomates em tiras médias e fatie a mussarela também em rodelas médias.
Retire os pães do forno, decore com as rodelas de mussarela, o tomate seco e salpique com as mini rúculas picadinhas.
Para dar um sabor ainda mais especial, pegue o molho que ficou dos tomates secos, acrescente um pouquinho de azeite extra virgem, um tiquinho de pimenta do reino 

Bolo de Cenoura com Calda de Chocolate

Receitas de Dna. Guiomar



Ingredientes
04 ovos
02 cenouras grandes ou 4 pequenas
02 xícaras ( chá) de açúcar
02 xícaras (chá) de farinha de trigo
01 xícara (chá) de óleo
01 colher (sopa) de fermento em pó

Cobertura
6 colheres (sopa) de açúcar
6 colheres (sopa) de chocolate em pó
6 colheres (sopa) de leite
3 colheres (sopa) de margarina

Preparo do Bolo
Bata muito bem no liquidificador, as cenouras, os ovos, o açúcar e o óleo.
Em uma tigela, coloque a farinha misturada com o fermento e vá incorporando aos poucos a mistura do liquidificador.

Bata a mistura na mão (não use batedeira) e coloque em uma assadeira untada e polvilhada com farinha de trigo. Asse normalmente, até que espetando com o palito, este saia seco.

Depois de frio, desenformar e colocar a cobertura.

Preparo da Cobertura
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo médio mexendo até levantar fervura. Despeje sobre o bolo e pode servir!